Chips

When you think of edibles, you immediately think of the warm gooey texture of homemade pot brownies. You also recall the time when you didn’t get the high you hoped for from those expensive gummy…

Smartphone

独家优惠奖金 100% 高达 1 BTC + 180 免费旋转




Feridinha

The creeps and the chills

Rotterdam, 12.08.17

Ainda lembro do Jardim I como se fosse um sonho estranho que a gente não sabe se foi bom ou ruim. Tinha 4 anos de idade. Eu era a menina que passava o dia cantando umas músicas estranhas e não tinha melhores amiguinhos ou amiguinhas. Não usava gigolete com borboleta, nem sandália da Xuxa com cheiro de chiclete. Tava lá no meio, mas ninguém me queria alí. Volta e meia, tomava um cascudo dos colegas “pra deixar de ser besta”. Aí um dia, um coleguinha foi legal comigo. Ele brincou, me deu atenção e isso foi o suficiente para não parar de falar nele. Vou dizer o nome, porque sinceramente nem me lembro mais do seu rosto, apesar de sempre ter sido ótima fisionomista e péssima com nomes. Chagas. Quem batiza uma criança de Chagas? Era 1989, beiradas dos anos 90, nada mais justo que dar um nome norte-americanizado qualquer terminado em “on”: Helton, Jefferson, Kleyton. Nem apelido o miserável tinha. Chagas estava lá, a personificação infantil da contracultura, enfrentando a influência enlatada que impreguinava as rádios, as Sessões da Tarde, os Cinema em Casa e demais programas brasileiros.

As tias.

Mas voltando ao assunto. Estava lá eu, esperando por Chagas, que sempre chegava atrasado, e por isso, sentava na cadeira que estava disponível e que obviamente não era do meu lado, porque eu morava uma rua anterior a minha escolinha e minha mãe fazia questão de nos levar antes da zeladora chegar pra abrir. Era só ele aparecer, que meu coração parecia que iria pular pra fora da boca. Quando a sineta tocava anunciando o recreio ele me desafiava a ser a mais rápida, subir e descer no escorregador “mais primeiro que todo mundo”. Eu tinha um amigo que queria brincar comigo, logo, ele provavelmente gostava de mim… Né?

Um dia ele não veio mais, o ano letivo nem havia acabado. Perguntei pra tia da sala e ela só disse que ele tinha ido embora pra São Paulo. Hoje, lembrando do que foi aquele período, sair de um bairro periférico no nordeste para morar em São Paulo significava dois extremos: ou a sorte foi grande, ou se estava fugindo de uma situação pericliante. Prefiro acreditar que tenha sido para bem. Mas enfim, eis meu primeiro amor.

Add a comment

Related posts:

Can I Send My EOS I Bought on an Exchange To My Ethereum Address Which is Registered To EOS?

Many people are asking this exact question and after searching the internet for several days, I couldn’t find the answer. So a trip into the EOS Telegram room, and several people helped me. Thanks…

The Russhhh hour!

The very sound of it seems familiar, but am not talking about the Jackie Chan’s movie, rather about the state of our lives.Most of our valuable time of the day is spent on streets, filled with…

eni

escrevendo em quanto meu relógio está parado no tempo isso desperta vontades de ler sem parar e não procurar algo para observar porque aqui ainda são 22h38 ele parou e ficou no dia 3 e está isto tudo…